Otimização da dose e da qualidade da imagem em mamografia digital usando a razão contraste-ruído
DOI:
https://doi.org/10.15392/bjrs.v9i1.1380Palavras-chave:
Mamografia digital, Dose glandular média, DGM, Razão contraste ruído, CNR.Resumo
Em mamografia, a otimização das doses é importante devido ao grande número de mulheres que realizam exames para a detecção precoce do câncer de mama. Além disso, nas duas últimas décadas foram introduzidas tecnologias digitais. Diversos estudos mostram que a dose na mamografia computadorizada CR pode ser superior à da mamografia convencional, indicando a necessidade de sua otimização. O objetivo deste trabalho é apresentar um procedimento usando a razão contraste-ruído (CNR) na otimização da dose e da qualidade da imagem em mamografia digital. O processo de otimização em mamografia digital tem início com a determinação da CNR alvo (CNRalvo). Ela é definida como o valor de CNR que permite atingir o limiar de contraste mínimo de 23% para os discos de 0,1 mm de diâmetro no simulador CDMAM. A CNRalvo é estimada a partir da análise, do limiar de contraste em função da CNR medidos com várias técnicas radiográfica e variadas espessuras de PMMA. A seguir, o sistema do mamógrafo de controle automático das técnicas radiográficas para as diversas espessuras de mama deve ser ajustado de modo a se obter sempre a CNRalvo e doses glandulares médias (DGM) que não ultrapassem os níveis aceitáveis. A aplicação deste procedimento de otimização mostrou que, em uma amostra de 162 pacientes, foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre as médias da DGM e da CNR (p < 0,05) quando comparadas com uma amostra de 152 pacientes antes da otimização. Houve uma redução de 14,5% da DGM e a qualidade das imagens clínicas foi mantida.
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