Doses de radiação associadas a pacientes em radiologia intervencionista: uma análise retrospectiva em angiografia cerebral
DOI:
https://doi.org/10.15392/2319-0612.2024.2424Palavras-chave:
Radiologia Intervencionista, angiografia, dose de radiação, neurologiaResumo
A Radiologia Intervencionista (RI) desempenha um papel importante na neurologia. Possui várias vantagens, tais como evitar cirurgias de maior risco e reduzir o tempo de hospitalização. A RI permite diagnosticar várias doenças, como acidentes vasculares cerebrais, disfunções neurológicas, malformações arteriovenosas, etc. Apesar das suas vantagens, a RI fornece doses elevadas aos pacientes, principalmente devido aos longos tempos de exposição e ao grande número de imagens adquiridas (modo cine ou DSA). Neste trabalho, foi feito um estudo retrospectivo utilizando informações de procedimentos de arteriografias cerebrais (PAC) registadas na base de dados IRaD (Interventional Radiology Database). Foram extraídos dados de 39 procedimentos visando analisar: a frequência das projeções do equipamento arco em C durante os procedimentos; a contribuição das diferentes projeções do arco em C para os parâmetros kerma no ar e kerma/imagem em DSA em vários ângulos e para os filtros mais utilizados. Os valores médios e os desvios-padrão do produto kerma área total (PKA) e do kerma no ar no ponto de referência de entrada do paciente (Ka,r) foram (7584 ± 4661) µGym2 e (746 ± 378) mGy, respectivamente. Verificou-se que a dose total administrada ao paciente é composta principalmente pela dose devida à exposição em modo DSA. Nas diferentes projeções do arco em C durante DSA, verificou-se que quanto maior o ângulo do arco em C (mais horizontal), menor o valor de kerma/imagem. Da mesma forma, quanto mais cranial a projeção, maior o valor kerma/imagem. Nas projeções mais frequentes, o equipamento foi programado para fornecer doses mais baixas ao paciente, inserindo filtros adicionais de cobre e alumínio.
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