Análise da relação entre tamanho do campo e alteração na dose de radiação no paciente e equipe baseada na técnica radiográfica em fluoroscopia e radiografia

Resumo

Nas discussões sobre questões de proteção radiológica em fluoroscopia e radiografia, o tamanho do campo de radiação é geralmente mencionado em conexão com a irradiação desnecessária de partes do corpo do paciente que não precisam ser visualizadas. Contudo, a expansão excessiva do tamanho do campo leva também a alguns outros efeitos: a irradiação excessiva de auxiliares e parte visualizada do corpo do paciente bem como a alteração da taxa de dose na entrada do corpo do paciente por controle automático de brilho. O objetivo do presente artigo é descrever os resultados de um estudo experimental da dependência de tais efeitos do tamanho do campo de irradiação e do espectro primário de raios X. As medições foram realizadas em condições próximas às da seriografia (SEED). Para simular o corpo do paciente foram utilizadas 5 placas de acrílico medindo 30 cm de altura x 30 cm de comprimento x 3 cm de espessura cada, totalizando 15 cm de espessura. O Sensor RF X2 (RAYSAFE) foi utilizado para medir a taxa de dose na superfície de entrada e saída do simulador e o modelo específico para medição de vazamento e dispersão, o sensor X2 Survey (RAYSAFE), foi utilizado para medir a taxa de dose ocupacional. O detector de taxa de dose ocupacional foi localizado na posição que o auxiliar costuma manter para apoiar a cabeça do paciente e/ou para administrar o contraste. Os resultados mostram que no modo radiográfico a taxa de dose na saída do corpo do paciente aumenta com o aumento do tamanho do campo. Esse aumento chega a 85%. O aumento da taxa de dose ocupacional no modo radiográfico chega a 850% e é linearmente proporcional à área do campo. No modo fluoroscópico, a taxa de dose na entrada do corpo do paciente diminui proporcionalmente ao aumento do tamanho do campo devido ao controle automático de brilho. Este efeito chega a 25% com grade e 50% sem grade.