Utilização de labirinto em bunker de cíclotron
DOI:
https://doi.org/10.15392/bjrs.v3i1-A.27Resumo
O aumento do número de cíclotrons no Brasil deve-se a emenda constitucional 49/06 que possibilitou a produção de radiofármacos de meia-vida curta por empresas privadas. Os radionuclídeos utilizados para PET-CT necessitam de centros produtivos próximos ou dentro dos centros diagnóstico. A fim de minimizar a manutenção e riscos de operação, ganhando eficiência, nossa instalação foi pioneira no Brasil ao utilizar o acesso ao bunker do cíclotron via labirinto, ao invés de porta blindada do tipo rolha.
Os cálculos de projeto foram baseados no método Monte Carlo (MCNP5 – Monte Carlo N-Particletransportcode versão 5). Nas extremidades do labirinto foram instaladas: uma porta de polietileno, para termalização dos nêutrons, e outra de madeira para limitação de acesso. As duas pernas do labirinto possuem paredes com espessura de 100cm. Na inspeção a CNEN realizou medidas de taxa de dose para nêutrons e gama em 9 pontos: 7 ao redor do bunker, 1 sobre bunker e 1 na exaustão com o cíclotron operando com carga máxima, feixe duplo de 50uA por 2 horas. Após o comissionamento foram realizadas, ao redor do bunker, as seguintes medidas: dose acumulada em três meses com dosímetros termoluminescentes para nêutrons, taxa de dose com um detector a gás do tipo proporcional preenchido com ³He e moderador de polietileno para nêutrons e taxa de dose com um detector Geiger-Müller para radiação gama. As leituras com detectores de nêutrons foram classificadas como radiação de fundo e as taxas de dose estiveram sempre abaixo dos limites estabelecidos na norma NE 3.01, bem como do previsto nos cálculos independentemente da intensidade de irradiação dentro do bunker.
A utilização de labirintos como forma de acesso a bunkers para cíclotron demonstrou-se eficaz quanto à blindagem da radiação e eficiente por permitir acesso rápido e simples, praticamente eliminando a necessidade de manutenção.
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