Determinação dos fatores de correção temporal para uma câmara de ionização dedicada à radioproteção em radiologia

Autores

  • Ellen Vilarinho da Silva Universidade do Estado do Rio de Janeiro image/svg+xml
  • Vitoria de Lima Ribeiro Baptista Universidade Federal do Rio de Janeiro image/svg+xml
  • Leonardo de Castro Pacífico Universidade do Estado do Rio de Janeiro image/svg+xml
  • Luis Alexandre Gonçalves Magalhães Universidade do Estado do Rio de Janeiro image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.15392/2319-0612.2025.2905

Palavras-chave:

Detector de radiação, câmara de ionização, radioproteção

Resumo

O levantamento radiométrico é essencial para avaliar os níveis de radiação em instalações que utilizam radiação ionizante, garantindo que as exposições individuais não excedam os limites de dose estabelecidos pela legislação. As câmaras de ionização (CIs) são ferramentas cruciais nessa avaliação, e compreender suas limitações operacionais – particularmente os efeitos da dependência temporal – é fundamental para garantir medições precisas. Este estudo teve como objetivo verificar a dependência temporal da CI Fluke Victoreen (349 cm³, modelo 451B-RYR) analisando a taxa de equivalente de dose ambiente H*(10) em intervalos curtos de exposição em seus dois modos operacionais: Integrado (Modo A) e Taxa (Modo B). As medições foram realizadas utilizando qualidades de radiação N60, N80 e N100 para feixes estreitos de raios X definidos pela ISO 4037-1:2019 e caracterizados no Laboratório de Ciências Radiológicas (LCR). Os resultados revelaram dependência temporal para tempos menores que 0,8 s para N60 e N80, e menores que 1,5 s para N100 em ambos os modos operacionais. Fatores de correção foram calculados para ajustar os valores de H*(10), reduzindo as incertezas e permitindo a definição de tempos de corte para cada qualidade radiométrica e modo de câmara. O Modo A apresentou tempos de corte menores para N60 e N100 (0,3 s e 0,4 s, respectivamente), enquanto o Modo B se mostrou mais adequado para N80 (0,2 s). As maiores incertezas relativas combinadas antes da estabilização foram observadas da seguinte forma: para N60, 26% no Modo A e 50% no Modo B (ambos em 0,1 s); para N80, 31% no Modo A e 17% no Modo B (ambos em 0,5 s); e para N100, 49% no Modo A (0,2 s) e 15% no Modo B (0,6 s). O estudo conclui que a aplicação de fatores de correção e tempos de corte melhora a precisão das medições de H*(10) em intervalos curtos de exposição, contribuindo para levantamentos radiométricos mais confiáveis em contextos de proteção radiológica.

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Referências

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Publicado

01-09-2025