Avaliação da dose de entrada na pele em mamografia por meio do estudo da curva de rendimento de um mamógrafo digital na cidade de Curitiba-PR
DOI:
https://doi.org/10.15392/bjrs.v8i1A.951Palavras-chave:
Dose de Entrada na Pele, Mamografia, Rendimento do MamógrafoResumo
A mamografia é um método para detecção precoce do câncer de mama, que é o tipo mais comum de câncer entre as mulheres. É um exame recomendado para mulheres acima de 50 anos e realizado de dois em dois anos com o objetivo de rastreamento. Dessa forma, observa-se a necessidade de estudar a dose de radiação recebida pela paciente durante o exame, uma vez que a mamografia utiliza radiação ionizante para formar a imagem da mama. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi determinar a dose de entrada na pele (DEP) recebida por pacientes, por meio do estudo da curva de rendimento do equipamento. O estudo foi desenvolvido no mamógrafo digital Selenia® Dimensions® 5000 e a curva de rendimento foi obtida com o uso de uma câmara de ionização e um phantom de mama (tipicamente usado para análise da qualidade da imagem). Para a determinação das DEPs, usaram-se os parâmetros dos exames realizados no equipamento (tais como, tensão, produto corrente-tempo, combinação alvo/filtro, distância foco-detector) e a informação da espessura da mama comprimida. Comparando-se as DEPs dos exames com recomendações internacionais, mais de 97% das mamas receberam DEPs inferiores às recomendadas pelas legislações. Comparando-se os dados obtidos com estudos realizados no Brasil, verificou-se que combinações alvo/filtro de W/Rh ou W/Ag possibilitaram valores de DEP mais baixas que estudos que utilizaram alvos e/ou filtros de Mo ou Rh e que é possível aplicar técnicas de otimização, aliando a análise dosimétrica à qualidade da imagem.
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