Aprendizados da COVID-19 na Radiologia Forense: A importância de padronização dos dados e protocolos em situações de crise
DOI:
https://doi.org/10.15392/2319-0612.2025.2851Palabras clave:
radiologia forense, crise sanitária, pandemia COVID-19, biossegurançaResumen
Os aprendizados da COVID-19, com a pandemia declarada em 2020 e o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional em 2023, devem ser documentados e analisados. No Brasil, diversos setores adotaram protocolos de biossegurança, incluindo a Medicina Legal. Objetiva-se neste artigo, trazer as lições aprendidas na Radiologia Forense por meio de levantamento de dados de uma pesquisa qualiquantitativa e referenciais na literatura. A pesquisa de CAAE 50177721.9.0000.5149, coletou dados entre 2021 e 2024, por meio de formulário eletrônico. Neste estudo avaliou-se a percepção de dois profissionais da Radiologia Forense em atuação em serviços de medicina legal (etapa 1) e as medidas implementadas pelos Institutos Médicos Legais (IML) (etapa 2) durante a pandemia, identificando a percepção dos profissionais da área e coleta institucional sobre as medidas adotadas. Na etapa 1, com todas as áreas da radiologia, dentre os respondentes, menos de 1% era da radiologia forense. Destes, observou-se majoritária percepção de alto risco no ambiente de trabalho, satisfação com as orientações recebidas e a percepção da importância da radiologia na pandemia. Na etapa 2, as instituições coletadas foram os IML’s de Belo Horizonte-MG e Porto Alegre-RS. Os cenários adotaram procedimentos distintos, um com treinamentos e implementação de protocolos de biossegurança e isolamento, e outro com fechamento de atendimento em certos períodos como medidas de segurança. Em ambos, houve distribuição ampliada de EPI’s e afastamentos durante a pandemia. Houve variações na quantidade de exames realizados, com redução onde o serviço teve interrupções e aumento do que continuou a atuar com os protocolos implementados. Os resultados comparados com referenciais internacionais, estava em consonância os quesitos de biossegurança, mas não havia a testagem de rastreamento da COVID-19 como protocolo nos cenários nacionais estudados. Houve lacunas e dificuldade de precisão no levantamento dos dados e das informações prestadas em serviços que tinham dificuldade de assentamento. Recomenda-se sistema digitalizado padronizado e que possibilite a alimentação em um sistema unificado, garantindo o acesso aos dados. Assim como a observância de registros históricos e de previsão por região na construção de planejamentos de infraestrutura e de capacitação profissional de forma a preparar o serviço para lidar com futuras crises sanitárias. Além de garantir a proteção dos profissionais de saúde forense.
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Referencias
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