Microtomografia Computadorizada de Raios X para a Inspeção de Risers Flexíveis

Autores

  • Adriana José da Penha Moreira Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ https://orcid.org/0000-0001-5906-5501 (não autenticado)
  • O. M. O. Araújo Nuclear Instrumentation Laboratory/PEN/COPPE, Federal University of Rio de Janeiro
  • A. S. Machado Nuclear Instrumentation Laboratory/PEN/COPPE, Federal University of Rio de Janeiro
  • R. T. Lopes Nuclear Instrumentation Laboratory/PEN/COPPE, Federal University of Rio de Janeiro
  • D. F. Oliveira Nuclear Instrumentation Laboratory/PEN/COPPE, Federal University of Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.15392/2319-0612.2024.2629

Palavras-chave:

microtomografia computadorizada, inspeção de riser flexível, imagem de raios X, monitoramento de estrutura offshore

Resumo

A integridade dos risers flexíveis, essenciais para o transporte de óleo dos poços para as plataformas, é frequentemente comprometida por gases residuais como CO2 e H2S, que causam fadiga por meio da corrosão. O ambiente marinho, com suas cargas de flexão, forças radiais e pressões interna e externa, intensifica esse processo, exigindo monitoramento e manutenção contínuos para prevenir a degradação das camadas metálicas. Os risers flexíveis são compostos por barreiras poliméricas e metálicas, cada uma com funções específicas para garantir flexibilidade e resistência à pressão. No entanto, a ruptura dos arames nas camadas de armadura de tração, muitas vezes iniciada por defeitos de fabricação, representa um mecanismo de falha significativo. Identificou-se uma lacuna nos métodos de inspeção atuais, que são intrusivos ou possuem sensibilidade limitada em algumas regiões dos risers. Para abordar essa questão, propõe-se o uso da Microtomografia Computadorizada de Raios X (microCT) como técnica não invasiva para detectar microfissuras nas camadas de risers flexíveis. Nesse estudo, uma seção de riser flexível de 440 mm de comprimento e 155 mm de diâmetro foi escaneada pelo microtomógrafo Phoenix V|tome|x M/Waygate Technologies, que possui um tubo microfoco com alcance de 500 W e um detector GE PXR250RT com 200 µm de tamanho de pixel. Posteriormente, as projeções foram reconstruídas e as imagens analisadas em softwares especializados. Os resultados evidenciaram defeitos ao longo de todas as camadas do riser. A aplicação da microCT para o aprimoramento da detecção de defeitos é sugerida, podendo contribuir para operações offshore de petróleo e gás mais seguras e confiáveis.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Adriana José da Penha Moreira, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

    Coppe/UFRJ/PEN (Programa de Engenharia Nuclear) - LIN (Laboratório de Instrumentação Nuclear).

Referências

[1] PIPA, D., MORIKAWA S.; PIRES G. et al. Flexible Riser Monitoring Using Hybrid Magnetic/Optical trainGage Techniques through RLS Adaptive Filtering. EURASIP Journal on Advances in Signal Processing, 17623, 2010 (1).

[2] SOUSA, J. R. M.; CAMPELLO, G. C; KWIETNIEWSKI, C. et al. Structural response of a flexible pipe with damaged tensile armor wires under pure tension, Marine Structures, v. 39, p. 1-38, 2014.

[3] SMITH, R.; O’BRIEN, P.; O’SULLIVAN, T. et al. Fatigue Analysis of Unbonded Flexible Risers with Irregular Seas and Hysteresis. In: PROCEEDINGS OF THE OFFSORE TECHNOLOGY CONFERENCE 2017, 30 April – 3 May, Houston, Texas, USA. 18905. Houston, 2007.

[4] KIM, J; JANG, B.-S.; YUN, R.-H. et al. Improvement of the bending behavior of a flexible riser: Part ii – hysteretic modeling of bending stiffness in global dynamic analysis, Applied Ocean Research, v. 101, n. 2, 102249, 2020.

[5] YOO, D. et al. Nonlinear finite element analysis of failure modes and ultimate strength of flexible pipes, Marine Structures, v. 54, n. 2, p. 50-72, 2017.

[6] CLARKE, T.; JACQUES, R.; BISOGNIN, A. et al. Monitoring the structural integrity of a flexible riser during a full-scale fatigue test, J. Engineering Structures, v. 33, n. 4, p. 1181- 1186, 2011.

[7] CARNEVAL, R. O.; MARINHO, M. G.; SANTOS, J. M. Flexible line inspection. In: PROCEEDINGS OF THE 9th EUROPEAN NON-DESTRUCTIVE TESTING CONFERENCE (ECNDT), Berlin, Germany, v. 106, 1-0, 2006.

[8] OLIVEIRA, D. F.; SANTOS, R. S.; MACHADO, A. S. et al., Characterization of scale deposition in oil pipelines through X-ray microfluorescence and X-ray microtomography, Appl. Radiat. Isotopes, v. 151, p. 247-255, 2019.

[9] FELDKAMP, L. A; DAVIS, L. C.; KRESS, J. W. Practical cone-beam algorithm. J. Opt. Soc. America, v. 1, p. 612-619, 1984.

[10] ARAUJO, O. M. O.; MACHADO, A. S.; OLIVEIRA, D. et al. Enhancement of microCT images of steel cracks using mathematical filters. In: CONFERENCE PROCEEDINGS OF THE 10th INDUSTRIAL COMPUTED TOMOGRAPHY (iCT) 2020, e-Journal of Nondestructive Testing, 04-07 February, v. 25, Wels, Austria, 2020.

[11] GONZALEZ, R.; FAISAL, Z., Digital Image Processing Second Edition, 2nd ed., 2019.

Downloads

Publicado

24-02-2025

Como Citar

Microtomografia Computadorizada de Raios X para a Inspeção de Risers Flexíveis. Brazilian Journal of Radiation Sciences, Rio de Janeiro, Brazil, v. 12, n. 4A (Suppl.), p. e2629, 2025. DOI: 10.15392/2319-0612.2024.2629. Disponível em: https://bjrs.org.br/revista/index.php/REVISTA/article/view/2629. Acesso em: 17 jul. 2025.