Avaliação dos níveis de gás radônio em ambientes fechados em três municípios brasileiros localizados no estado de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.15392/2319-0612.2024.2415Palavras-chave:
radônio indoor, Planalto de Poços de Caldas (Brasil), vigilância do câncer, câncer de pulmão, radiação ionizanteResumo
A radiação ionizante, particularmente a exposição ao radonio, constitui um factor de risco significativo para o câncer do pulmão, tendo a Organização Mundial de Saúde o identificado como a segunda principal causa para esta doença. Este estudo investiga os níveis de radônio em residências em três municípios brasileiros e explora a interação entre as características das moradias, o comportamento dos residentes e as concentrações de radônio iguais ou superiores a 200 Bq/m³. Realizada ao longo de duas temporadas, a pesquisa mediu as concentrações de gás radônio tanto no quarto quanto na sala de cada residência. Dos 577 domicilios avaliados, 123 apresentavam níveis de radônio iguais ou superiores a 200 Bq/m³, com maior incidência observada nas zonas rurais. Os fatores associados aos níveis elevados de radônio incluíram localização geográfica em Caldas e Poços de Caldas, residência em áreas rurais, casas construídas antes de 1976 e ausência de janelas abertas durante a noite. O estudo ressalta a prevalência de níveis elevados de radônio em ambientes fechados, superando o nível de referência recomendado pela Organização Mundial da Saúde de 100 Bq/m³. Além disso, as características da habitação e os hábitos dos residentes, como manter as janelas fechadas durante o sono, contribuem para o aumento das concentrações de radônio em ambientes residenciais.
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