Concentração de atividade natural de radionuclídeos e 137Cs em solos do estado brasileiro de Sergipe e correlação com características ambientais
DOI:
https://doi.org/10.15392/2319-0612.2024.2525Palavras-chave:
radionuclídeos naturais, dose externa, mapeamento da radioatividade no soloResumo
No meio ambiente, o radionuclídeo ocorre naturalmente, causando a exposição dos organismos vivos à radiação ionizante. Além disso, as atividades humanas introduziram no meio ambiente o radionuclídeo artificial 137Cs, entre outros. Para melhor compreender a ocorrência e o comportamento dos radionuclídeos no solo, vários países desenvolveram estudos radiológicos e construíram mapas. Um esforço tem sido realizado no Brasil para avaliar a radioatividade nos solos do país. Neste estudo, as concentrações de atividade dos radionuclídeos naturais 40K, 226Ra e 228Ra e 137Cs artificiais foram determinadas em amostras de 20 cm de profundidade coletadas em solos do estado brasileiro de Sergipe, em uma grade regular de 25 km x 25 km. As amostras foram analisadas por espectrometria de raios gama com uso de detectores de germânio hiperpuro. Os resultados foram correlacionados com características de solo, geologia e clima do estado. As medianas da concentração de atividade de 40K, 226Ra e 228Ra foram 210,4 Bq.kg-1, 12,33 Bq.kg-1 e 18,69 Bq.kg-1, respectivamente. Os resultados são inferiores aos reportados para solos de outros estados brasileiros da mesma região. A concentração de atividade de 137Cs foi inferior à atividade mínima detectável. A concentração de atividade de 40K em solos jovens da região semiárida foi superior àquelas encontradas nos solos mais intemperizados das regiões chuvosas devido ao baixíssimo índice pluviométrico da região semiárida. A concentração de atividade mais alta para 226Ra foi encontrada para o Planossolo e para 228Ra foi encontrada nos solos mais intemperizados da área costeira (Argissolo). Foram elaborados mapas de distribuição dos radionuclídeos estudados. O valor mediano da taxa de dose absorvida no ar (Dnat) em ambientes externos calculado para os solos do estado de Sergipe é menor quando comparado com outros estados brasileiros e com o valor mediano mundial da UNSCEAR.
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