Deveria o Brasil investir em Pequenos Reatores Nucleares?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15392/2319-0612.2024.2570

Palavras-chave:

SMR, baixo carbono, energia, sistema isolado, [18]F-PSMA-1007

Resumo

O Brasil exibe uma matriz elétrica diversificada, com 88% provenientes de fontes renováveis em 2022, destacando-se a hidroeletricidade com 64%. Entretanto, a vulnerabilidade climática devido à dependência hídrica para geração elétrica é um desafio em períodos de baixas precipitações. A maior parte dos consumidores está integrada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), enquanto os sistemas isolados, especialmente na região amazônica, são gerenciados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Mais de 80% da demanda elétrica do país é suprida pelos setores industrial, residencial e comercial. Apesar da modesta participação da energia nuclear na matriz elétrica nacional, o Brasil possui a 8ª maior reserva de urânio global, sugerindo um potencial significativo para expansão dessa fonte como uma opção de baixo carbono. Os reatores nucleares modulares (SMRs) representam uma inovação relevante. Com capacidade de até 300 MWe por unidade, os SMRs são projetados para serem mais econômicos, seguros e exigirem menos reabastecimentos em comparação aos reatores convencionais. Sua modularidade possibilita montagem em fábrica e transporte simplificado, sendo particularmente adequado para áreas remotas, oferecendo uma fonte confiável de energia base. A capacidade dos SMRs de se ajustarem à demanda elétrica e operarem de maneira flexível os posiciona como uma alternativa complementar às fontes renováveis, que são mais vulneráveis às variações climáticas externas. 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

[1] EPE - Brazil’s Energy Research Office. Brazilian Energy Balance, Year 2022, Final Report, pp. 13, 2023.

[2] EPE - Brazil’s Energy Research Office. Brazilian Energy Balance, Year 2022, Final Report, 2023.

[3] EPE - Brazil’s Energy Research Office, Matriz energética e elétrica, https://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica, 2024.

[4] PAIM et al.. Evaluating regulatory strategies for mitigating hydrological risk in Brazil through diversification of its electricity mix, https://wellesu.com/10.1016/j.enpol.2018.12.064, 2019.

[5] ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. Atlas de Energia Elétrica do Brasil, 3ª Edição, https://www.fisica.net/energia/atlas_de_energia_eletrica_do_brasul_3a-ed.pdf, 2008.

[6] ONS. O que é ONS?, https://www.ons.org.br/paginas/sobre-o-ons/o-que-e-ons, 2024.

[7] EPE - Brazil’s Energy Research Office. Brazilian Energy Balance, Year 2022, Final Report”, pp.14, 2023.

[8] Esfera Energia. Por que o GSF é tão controverso e como ele afeta as usinas?, https://blog.esferaenergia.com.br/fontes-de-energia/gsf-generation-scaling-factor, 2024.

[9] United Nations. The 17 Goals, https://sdgs.un.org/goals, 2024.

[10] BARROS, P. S. and PEREIRA, A. P. M.. O Programa Nuclear Brasileiro, Boletim de Economia e Política Internacional nº 03, 2010.

[11] ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. Atlas de energia elétrica do Brasil, 2.ed., https://livroaberto.ibict.br/handle/1/582, 2005.

[12] WNA - World Nuclear Association. Supply of Uranium, https://world-nuclear.org/information-library/nuclear-fuel-cycle/uranium-resources/supply-of-uranium.aspx, 2023.

[13] EPE - Brazil’s Energy Research Office. Brazilian Energy Balance, Year 2022, Final Report, pp.12, 2023.

[14] IEA - International Energy Agency. What are Small Modular Reactors (SMRs)?, https://www.iea.org/countries/brazil, 2023.

[15] PIRES, Adriano. “El Niño assombra o setor elétrico, e recusar geração térmica pode piorar a situação”, Estadão, 20.01.2024.

[16] VUJIC, J., BERGMANN, R., SKODA, R., MILETIC, M. Small modular reactors: simpler, safer, cheaper?, Energy 45, pp. 288–295, 2012.

[17] IEA - International Energy Agency. Projected Costs of Generating Electricity, https://www.iea.org/reports/projected-costs-of-generating-electricity-2020, 2020.

[18] INL - Idaho National Laboratory. Microreactor Program – Global Market Analysis of Microreactors, INL/EXT-21-63214, 2021.

[19] IAEA - International Atomic Energy Agency. Advances in Small Modular Reactor Technology Developments, Vienna, 2020.

[20] IAEA - International Atomic Energy Agency. Deployment Indicators for Small Modular Reactors, IAEA-TECDOC-1854, Vienna, 2018.

[21] SHROPSHIRE, D. et al. Global Market Analysis of Microreactors, INL/EXT-21-63214, Idaho National Laboratory / U.S. DOE Microreactor Program, 2021.

[22] VUJIC, J., BERGMANN, R., SKODA, R., MILETIC, M. Small modular reactors: simpler, safer, cheaper? Energy, 45, pp. 288–295, 2012.

[23] IAEA - International Atomic Energy Agency. Deployment Indicators for Small Modular Reactors, IAEA-TECDOC-1854, IAEA, Vienna, 2018.

[24] LUOMI, Mari. Sustainable Energy in Brazil – Reversing Past Achievements or Realizing Future Potential, OIES Papers, Oxford Institute for Energy Studies, Oxford, UK. pp.9, 2014.

[25] IAEA - International Atomic Energy Agency. Advanced Reactors Information System (ARIS), https://aris.iaea.org/, 2025.

[26] WNA - World Nuclear Association. Small Modular Reactors, https://world-nuclear.org/information-library/nuclear-fuel-cycle/nuclear-power-reactors/small-nuclear-power-reactors.aspx, 2025.

[27] IEA - International Energy Agency. Brazil, https://www.iea.org/countries/brazil, 2023.

[28] D. SHROPSHIRE et al. Global Market Analysis of Microreactors, INL/EXT-21-63214, Idaho National Laboratory/DOE Microreactor Program, 2021.

[29] IAEA - International Atomic Energy Agency. Advances in Small Modular Reactor Technology Developments. Advanced Reactors Information System, 2020.

Downloads

Publicado

28-07-2025

Como Citar

Deveria o Brasil investir em Pequenos Reatores Nucleares? . Brazilian Journal of Radiation Sciences, Rio de Janeiro, Brazil, v. 12, n. 4B (Suppl.), p. e2570, 2025. DOI: 10.15392/2319-0612.2024.2570. Disponível em: https://bjrs.org.br/revista/index.php/REVISTA/article/view/2570. Acesso em: 2 ago. 2025.