Microtomografia Computadorizada de Raios X para a Inspeção de Risers Flexíveis
DOI:
https://doi.org/10.15392/2319-0612.2024.2629Palavras-chave:
microtomografia computadorizada, inspeção de riser flexível, imagem de raios X, monitoramento de estrutura offshoreResumo
A integridade dos risers flexíveis, essenciais para o transporte de óleo dos poços para as plataformas, é frequentemente comprometida por gases residuais como CO2 e H2S, que causam fadiga por meio da corrosão. O ambiente marinho, com suas cargas de flexão, forças radiais e pressões interna e externa, intensifica esse processo, exigindo monitoramento e manutenção contínuos para prevenir a degradação das camadas metálicas. Os risers flexíveis são compostos por barreiras poliméricas e metálicas, cada uma com funções específicas para garantir flexibilidade e resistência à pressão. No entanto, a ruptura dos arames nas camadas de armadura de tração, muitas vezes iniciada por defeitos de fabricação, representa um mecanismo de falha significativo. Identificou-se uma lacuna nos métodos de inspeção atuais, que são intrusivos ou possuem sensibilidade limitada em algumas regiões dos risers. Para abordar essa questão, propõe-se o uso da Microtomografia Computadorizada de Raios X (microCT) como técnica não invasiva para detectar microfissuras nas camadas de risers flexíveis. Nesse estudo, uma seção de riser flexível de 440 mm de comprimento e 155 mm de diâmetro foi escaneada pelo microtomógrafo Phoenix V|tome|x M/Waygate Technologies, que possui um tubo microfoco com alcance de 500 W e um detector GE PXR250RT com 200 µm de tamanho de pixel. Posteriormente, as projeções foram reconstruídas e as imagens analisadas em softwares especializados. Os resultados evidenciaram defeitos ao longo de todas as camadas do riser. A aplicação da microCT para o aprimoramento da detecção de defeitos é sugerida, podendo contribuir para operações offshore de petróleo e gás mais seguras e confiáveis.
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