Estudo da distribuição de doses utilizando Fantomas Antropomórficos e Dosímetros TL

Autores

  • Pedro Henrique Dias Vieira CDTN , CDTN - Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear, 30270-901, Belo Horizonte, MG, Brazil https://orcid.org/0009-0000-5438-5143 (não autenticado)
  • André Ezequiel Lobo de Abreu Departamento de Engenharia Nuclear - UFMG, 30270-901, Belo Horizonte, MG, Brazil
  • Ângela M. M. Santos Departamento de Engenharia Nuclear - UFMG, 30270-901, Belo Horizonte, MG, Brazil
  • Telma Cristina Ferreira Fonseca Departamento de Engenharia Nuclear - UFMG, 30270-901, Belo Horizonte, MG, Brazil
  • Luiz Claudio Meira-Belo CDTN - Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear, 30270-901, Belo Horizonte, MG, Brazil

DOI:

https://doi.org/10.15392/2319-0612.2025.2852

Palavras-chave:

dosimetria, TLD, radioterapia, fantomas

Resumo

Este estudo avaliou a distribuição de doses em protocolos radioterápicos utilizando feixes de cone beam (100 kVp) e 6 MV em dois fantomas antropomórficos: um crânio impresso tridimensionalmente (3D) e o fantoma Alderson, com dosímetros termoluminescentes (TL) MTS-N (LiF:Mg,Ti). No primeiro experimento, 27 dosímetros TL foram posicionados em regiões internas e externas do crânio, irradiado com uma dose planejada de 2 Gy em feixes bilaterais e precedido por uma sequência de cone beam. As doses medidas internamente variaram de 845,92 ± 7,87 mGy a 1041,58 ± 9,69 mGy, representando 40–55% do planejado, com maior absorção na região posterior do cérebro. Externamente, os valores corresponderam a cerca de 60% das doses internas nas mesmas regiões laterais, refletindo a complexidade da distribuição de energia em tecidos heterogêneos. No segundo experimento, 260 dosímetros TL foram distribuídos em órgãos simulados no fantoma Alderson, irradiado com feixe de 137Cs focado na medula espinhal (166,67 mGy). Observou-se que órgãos mais próximos ao feixe, como pulmões e coração, receberam doses significativamente superiores à medula (153,21% e 155,61%, respectivamente), enquanto tecidos profundos, como baço e ilíacos, apresentaram menores percentuais (109,06% e 106,84%). A incerteza varia, sendo maior em órgãos volumosos, como o intestino grosso (24,79%), e em tecidos superficiais, como o tecido mole (49,96%). Os resultados reforçam a eficiência dos dosímetros TL na validação de doses e destacam a importância de ajustes em protocolos radioterápicos para atender às características individuais dos pacientes, minimizando a exposição de tecidos saudáveis. O uso de fantomas antropomórficos mostrou-se essencial para investigar a heterogeneidade da distribuição de doses, contribuindo para avanços na precisão e segurança da radioterapia, com impacto direto na eficácia dos tratamentos e na qualidade de vida dos pacientes oncológicos.

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Publicado

04-07-2025

Como Citar

Estudo da distribuição de doses utilizando Fantomas Antropomórficos e Dosímetros TL. Brazilian Journal of Radiation Sciences, Rio de Janeiro, Brazil, v. 13, n. 2A (Suppl.), p. e2852, 2025. DOI: 10.15392/2319-0612.2025.2852. Disponível em: https://bjrs.org.br/revista/index.php/REVISTA/article/view/2852. Acesso em: 17 jul. 2025.