Proteção radiológica de jovem cientista estagiário e pesquisadores bolsistas em áreas controladas da instalação do reator Argonauta: abordagem analítica

Resumo

Desde o crescimento do uso das radiações ionizantes em procedimentos médicos e industriais, recomendações e ações têm sido necessárias para minimizar os riscos radiológicos pessoais. No Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), está instalado o reator de pesquisa nuclear Argonauta (RARG), usado para produção de radionuclídeos, estudos de neutrongrafias e treinamento de jovens cientistas (JCT) e pesquisadores bolsistas (PBT). Durante o treinamento, esses treinandos são expostos a radiações ionizantes, principalmente nos experimentos de neutrongrafia, quando é necessário ajustar as placas de filmes neutrongráficos no canal da janela J9 do RARG, que está operando em condição de criticalidade. Nesses momentos, os JCT e PBT são expostos a radiação gama e neutrons durante a permanência no salão do RARG. Mediante medições das taxas de equivalente de dose ambiente para gama e neutrons nos pontos próximos do canal J9, verificou-se que as doses efetivas individuais anuais poderiam atingir 2,5 mSv, superior em mais de 150 % ao limite anual para indivíduo de público (IP), mas inferior ao limite para indivíduo ocupacionalmente exposto (IOE). Nesse ponto, a questão é definir se JCT e PBT devem ser controlados como IOE ou como IP. Mediante uma abordagem analítica dos regulamentos legais, concluiu-se que, embora os JCT e PBT sejam controlados como IOE, seus limites de dose devem ser os estabelecidos para indivíduos de público.